Treze capítulos, centrado em crônicas históricas sobre a cidade .
Foco narrativo
O narrador é em 3ª pessoa, onisciente. A sua intenção é a análise do comportamento humano: vai além das aparências e procura atingir os motivos essenciais da conduta humana, descobrindo, no homem, o egoísmo e a vaidade. A intencionalidade crítica do narrador não se reflete somente ao ser humano de forma geral. Ele critica, também, a postura do cientista e do extremo cientificismo do final do século XIX.
Tempo
Toda a história se desenvolve no passado, havendo o uso do flashback: "As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que, em tempos remotos, vivera ali um certo médico: o Dr. Sr. Bacamarte."O tempos remotos" a que se referem as crônicas, pelas indicações dadas, se remontam à primeira metade do século XVIII ( reinado de D. João V). A ação transcorre, como já se viu, em Itaguaí, "cidadezinha do Estado do Rio de Janeiro, comarca de Iguaçu".
Espaço :
a cidadezinha de Itaguaí- RJ
a Casa Verde ( o manicômio)
Personagens :
Personagens :
Dr. Simão Bacamarte: o protagonista da estória. A ciência era o seu universo – o seu "emprego único", como diz. "Homem de Ciência, e só de Ciência, nada o consternava fora da Ciência" . Representa bem a caricatura do depotismo cientificista do século XIX (como está no próprio sobrenome). Acabou se tornando vítima de suas próprias idéias, recolhendo-se à Casa Verde por se considerar o único cérebro bem organizado de Itaguaí.
b) D. Evarista: a eleita do Dr. Bacamarte para consorte de suas glórias científicas. Embora não fosse "bonita nem simpática", o doutor a escolheu para esposa porque ela "reune condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, estando apta para dar-lhes filhos robustos, são e inteligentes" (p. 179). Chegou a ser recolhida à Casa Verde, certa vez, por manifestar algum desequilíbrio mental.
c) Crispim Soares: o boticário. Muito amigo do Dr. Bacamarte e grande admirador de sua obra humanitária. Também passou pela Casa Verde, pois não soube "ser prudente em tempos de revolução", aderindo, momentaneamente, à causa do barbeiro.
d) Padre Lopes: o vigário local. Homem de muitas virtudes, foi recolhido também à Casa Verde por isso mesmo. Depois foi posto em liberdade, porque sua reverendíssima se saiu muito bem numa tradução de grego e hebraico, embora não soubesse nada dessas línguas. Foi considerado normal apesar da aureola de santo.
e) Porfírio, o barbeiro: sua participação no conto é das mais importantes, posto que representa a caricatura política na satírica machadiana. Representa bem a ambição de poder, quando lidera a rebelião que depôs o governo legal. Foi preso na Casa Verde duas vezes; primeiro, por ter liderado a rebelião; segundo, porque se negou a participar de uma segunda revolução: "preso por ter cão, preso por não ter cão" .
Outros figurantes aparecem no conto. Cada um representando anomalias e possíveis virtudes do ser humano.
b) D. Evarista: a eleita do Dr. Bacamarte para consorte de suas glórias científicas. Embora não fosse "bonita nem simpática", o doutor a escolheu para esposa porque ela "reune condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, estando apta para dar-lhes filhos robustos, são e inteligentes" (p. 179). Chegou a ser recolhida à Casa Verde, certa vez, por manifestar algum desequilíbrio mental.
c) Crispim Soares: o boticário. Muito amigo do Dr. Bacamarte e grande admirador de sua obra humanitária. Também passou pela Casa Verde, pois não soube "ser prudente em tempos de revolução", aderindo, momentaneamente, à causa do barbeiro.
d) Padre Lopes: o vigário local. Homem de muitas virtudes, foi recolhido também à Casa Verde por isso mesmo. Depois foi posto em liberdade, porque sua reverendíssima se saiu muito bem numa tradução de grego e hebraico, embora não soubesse nada dessas línguas. Foi considerado normal apesar da aureola de santo.
e) Porfírio, o barbeiro: sua participação no conto é das mais importantes, posto que representa a caricatura política na satírica machadiana. Representa bem a ambição de poder, quando lidera a rebelião que depôs o governo legal. Foi preso na Casa Verde duas vezes; primeiro, por ter liderado a rebelião; segundo, porque se negou a participar de uma segunda revolução: "preso por ter cão, preso por não ter cão" .
Outros figurantes aparecem no conto. Cada um representando anomalias e possíveis virtudes do ser humano.
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