“As palavras têm sexo. Amam-se umas às outras. E casam-se. O casamento delas é o que chamamos de estilo”. ( Machado de Assis)
segunda-feira, 29 de março de 2010
Sugestão de leitura : vale a pena.
O MUNDO DE SOFIA: ROMANCE DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
JOSTEIN GAARDER
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Sugestão de leitura : vale a pena.
Clube dos Anjos, Luis Fernando Verissimo (série plenos pecados, Gula) 132 páginas
Verissimo acerta em cheio neste livro pequeno, rápido e direto. Celebrando a Gula, um grupo de amigos e membros da influente sociedade de uma pequena cidade interiorana reúnem-se mensalmente para deleitar-se com pratos os mais diversos. A morte do membro fundador e maior entusiasta do clube joga-os em uma crise. O clube está para desintegrar-se quando surge um novo personagem...
Clube dos Anjos conta a história a partir de então. Uma deliciosa e insólita celebração do ato de apreciar a boa comida - não necessariamente sofisticada. E de com vidas passam, vidas perdem-se e valores confundem-se quando as pessoas passam um determinado limite - invisível, intangível, indefinível.
Certamente um dos melhores livros de entretenimento de Verissimo, é ao mesmo tempo uma das grandes reflexões do autor sobre a alma humana, suas necessidades, desejos e um reflexo rápido da sociedade brasileira.
(Fernando Trevisan)
Sugestão de leitura : vale a pena.
UMA FÁBULA DE GUERRA
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO, John Boyne, São Paulo: Companhia das Letras, 2008, 186 pág.
Escrito pelo irlandês John Boyne e traduzido para o português por Augusto Pacheco Calil, O menino do pijama listrado conta a história de Bruno, filho de um graduado oficial alemão que durante a segunda guerra mundial sai com a família do conforto de seu lar em Berlim para viver próximo a um campo de concentração.
Durante toda a narrativa o jovem, de apenas nove anos, desconhece os horrores da guerra tampouco sabendo quem são aquelas pessoas que vê da janela de sua casa e que estão do outro lado da cerca, todos de pijamas listrados.
Sem amigos e desgostoso com o novo lar, Bruno parte para explorar o local e inicia uma amizade com Shmuel, um menino da mesma idade, nascido no mesmo dia, porém judeu. Envoltos por realidades bem distintas, Bruno é pura inocência, tendo no pai um exemplo de disciplina e respeito. Já seu amigo de pijama não pode dizer o mesmo, estando a cada dia visivelmente mais magro e “cinza”.
A amizade, porém, ocupa os dias de Bruno e durante os encontros na cerca, cada um do seu lado, eles esquecem de seus problemas e insatisfações. É uma amizade sincera, sem interesses, despreocupada.
Trata-se de verdadeira fábula, onde são mitigadas as mazelas e a crueldade da grande guerra. No entanto, a sutileza nos detalhes e a inteligência do texto, escrito de forma simples e descompromissada, tornam o livro agradável.
Mesmo que se trate de ficção artificiosa, não consigo compreender como Bruno possa desconhecer por completo quem são aquelas pessoas. Seu pai, na condição de oficial militar, deveria tê-lo introduzido no assunto. No entanto, ao contrário disso, todas as pessoas que cercam o rapaz o mantém absorto, como se a guerra não existisse. A única mais realista é Gretel, sua irmã mais velha, mas como ele mesmo a chama, um “Caso Perdido”.
Há, ainda, a questão da Juventude Hitlerista, onde os jovens de dez anos deveriam se alistar e iniciar sua doutrinação. Tudo bem que Bruno só tinha um ano a menos, mas essa alienação não pode ser admitida a um filho de militar graduado.
Ressalvado esse comentário, o livro é de leitura rápida e prazerosa, sendo o final surpreendente onde os nazi podem provar do próprio veneno.
(CRISTIAN LUIS HRUSCHKA)
sábado, 20 de março de 2010
O pagador de Promessas
O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, foi encenado pela primeira vez em São Paulo, em 1960. Menos de dois anos depois, o filme baseado na peça já ganhava Palma de Ouro em Cannes.
Dias Gomes (1922 - 1999) O escritor Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador a 19 de outubro de 1922. Aos 15 anos escreveu sua primeira peça, ´A comédia dos moralistas´, nunca encenada, mas premiada em 1939. Seu primeiro texto encenado foi ´Pé de cabra´ (1942, a peça foi censurada pelo Estado Novo), em montagem de Procópio Ferreira. Na década de 50 Dias Gomes, vivendo no Rio de Janeiro, escreveu novelas para o rádio. Deixou de fazê-lo em 1964, quando o governo militar incluiu seu nome numa lista de subversivos. Foi membro do Partido Comunista por 30 anos. Sua principal obra para o teatro é ´O pagador de promessas´ (1959), traduzida para vários idiomas e adaptada ao cinema em 1962 por Anselmo Duarte, que recebeu pelo filme a Palma de Ouro no Festival de Cannes. A peça ´O berço do herói´, que seria adaptada posteriormente à televisão como ´Roque Santeiro´, foi proibida já na estréia. A carreira de Dias Gomes como autor de telenovelas se iniciou em 1969, com ´A ponte dos suspiros´. Nessa atividade seus maiores sucessos, marcos na história da televisão brasileira, foram as novelas ´O bem amado´ (1973), ´Roque Santeiro´ (1985) e ´Saramandaia´ (1976). Foi casado com a também novelista Janete Clair, falecida em 1983. Em 1991 Dias Gomes foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Morreu num acidente automobilístico em São Paulo, a 18 de maio de 1999.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Analisando Camões.
Três das 190.000 páginas que analisam o soneto 11 de Camões
Uteis para pesquisa - JAMAIS CÓPIA
http://pt.shvoong.com/humanities/1764583-an%C3%A1lise-soneto-amor-%C3%A9-fogo/
http://www.webartigos.com/articles/21235/1/ANALISE-COMPARATIVA-DA-POESIA-LIRICA-CAMONIANA/pagina1.html
vhttp://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/amor_fogo_que_arde_sem_se_ver_poema
NÃO COPIEM...PESQUISEM.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Monte Castelo - Legião Urbana
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões)
Soneto. ( Camões)
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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